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OS RIDÍCULOS

ESPECIAIS/VE ROBÔS

autorGilberto Schoereder
publicado porGilberto Schoereder
data10/10/2016
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Latas velhas amassadas, com origem em nosso planeta ou em planetas distantes, ajudando os terrestres ou tentando nos destruir, os robôs ridículos são uma presença importante nos filmes do gênero.

É verdade que ser ridículo não é uma exclusividade dos robôs, ou mesmo dos filmes de ficção científica. Todos os gêneros têm seus exemplos. E ainda, alguns dos “famosos” citados na matéria anterior bem que poderiam estar aqui também. E, para ser justo, é preciso dizer que existem muitos humanos ridículos, até mais que os robôs.
E os robôs ridículos muitas vezes são tão grotescos que podem servir como comédia. É o caso, por exemplo, de Robot Monster (1953). O filme em si é tão ruim, mas tão medonho, que frequentemente encabeça as listas dos piores filmes de todos os tempos, concorrendo com Plano Nove do Espaço Sideral (Plan Nine From Outer Space, 1959) e outras coisas horrorosas. No livro The Best, Worst and Most Unusual: Horror Films (1983, Darrell Moore), os filmes recebem notas; Robot Monster ganhou nota 1, contra uma imbatível nota 0 de Plan Nine.

Sem palavras. Robot Monster (Three Dimensional Pictures).

No caso particular dos robôs, é difícil alguém conseguir superar um robô alienígena chamado Ro-Man, que nada mais é do que um homem numa roupa de gorila com uma espécie de capacete de mergulho com duas antenas de TV saindo da parte superior. Os alienígenas dizimaram a população do planeta com seu poderoso “raio calcinante”, com exceção de uma família liderada pelo cientista que conseguiu desenvolver um soro imunizante. Assim, o ser ridículo tem de vir ao planeta e liquidar os sobreviventes na porrada.
O roteiro totalmente sem sentido explica que os Ro-Mans resolveram destruir a Terra porque os humanos estavam às portas de conquistar as viagens espaciais, e eles temiam a competição. Talvez eles não quisessem ninguém mais ridículo do que eles vagando pelo espaço.

 

Um dos cartazes da época, com a mulher querendo matar o robô ridículo na pedrada.

O que poderia amenizar um pouco toda a ruindade apresentada, em todos os aspectos do filme, é que se trata de um sonho de uma criança, ainda que qualquer aspecto onírico passe longe da produção. Mas qualquer esperança é perdida quando, depois que a criança acorda, o robô ridículo é mostrado saindo de uma caverna.
Também é quase inacreditável que tenham sido gastos cerca de 16 mil dólares na produção. E, em 1953, isso era bem mais do que hoje, é claro. Então, em que foi utilizada a grana? E, acreditem, rendeu cerca de um milhão de dólares de bilheteria, enriquecendo quem absolutamente não merecia.

Ro-Man e o filme horrendo em que ele habita são exemplos de produções que foram consideradas ridículas mesmo na época em que foram apresentadas, pelo menos pela crítica. Mas existem robôs que, hoje, são visualmente ridículos, mas não eram assim considerados na época em que surgiram. Hoje, parecem apenas latas velhas, muitas vezes amassadas e frequentemente mal articuladas, colocadas em torno de um ator, ou de qualquer um que estivesse disponível no momento.
Os seriados do cinema dos anos 1930 e 1940 têm alguns exemplos desses seres. Como em O Império Fantasma (The Phantom Empire, 1935), seriado em preto e branco, em 12 capítulos, com direção de Otto Brewer e B. Reeves Eason. A produção é uma salada inacreditável de faroeste, musical e ficção científica, um veículo para o “caubói cantor”, Gene Autry, que teve uma longa carreira no cinema, rádio e televisão, sempre com o mesmo tipo de caubói cantor.
Os robôs são simplesmente grotescos, dando a impressão que foram feitos com folhas de latão que qualquer cutucão pode amassar. Na verdade, em muitas fotos parece que eles já amassaram só de andar de um lado para outro.

O Império Fantasma e seus robôs de lata (Mascot Pictures).

No ano seguinte, a Republic, produtora famosa por seus seriados para o cinema, lançou Império Submarino (Undersea Kingdom), também com direção de B. Reeves Eason com a companhia de Joseph Kane. O herói era Ray “Crash” Corrigan, no papel de Crash Corrigan, que se junta ao professor Norton (C. Montague Shaw). Eles investigam a origem de terremotos que ameaçam a América do Norte e, segundo o professor, eles se originam na área onde estaria o continente perdido da Atlântida. Os exploradores usam um “submarino foguete” e chegam à cidade submarina, protegida por um domo. A Atlântida ainda existe e está envolvida numa guerra civil entre o sacerdote Sharad (William Farnum) e o malvadão de plantão, com o agradável nome de Unga Khan (Monte Blue) – na época, os nomes orientais para tiranos e conquistadores do mundo em geral estavam na moda.

O famoso "robô da Republic", em O Império Submarino, com destaque para o modelito do habitante das profundezas (Republic).


Os robôs em questão, também conhecidos pela alcunha de “volkites”, pertencem às hordas de Unga Khan, e reapareceriam em outros filmes da Republic, ligeiramente modificados, a tal ponto que ficaram conhecidos como “O robô da Republic”.

 

  O Misterioso Dr. Satã, com seu robô rebitado (Republic).

Uma das reciclagens do robô foi em O Misterioso Dr. Satã (The Mysterious Dr. Satan, 1940), com direção de William Witney e John English, e Eduardo Cianelli como o vilão, o doutor Satan, é claro, dando continuidade à ideia fixa dos vilões: dominar o mundo. Para eles, não bastava uma cidade, um estado, um país; tinha de ser o mundo ou o universo. Ele tem robôs para executar seu plano, mas ainda assim precisa ser capaz de controla-los à distância e, para isso, precisa de um aparelho inventado por um cientista (C. Montague Shaw, o professor cientista de Império Submarino). O herói é um mascarado, Copperhead (Robert Wilcox), que além de tentar deter o vilão, quer vingar a morte de seu pai pelo satânico dominador.

 

E lá vem ele de novo em Zumbis da Estratosfera (Republic).

Outra aparição ocorreu já em 1952, em Zumbis da Estratosfera (Zombies of the Stratosphere), com direção de Fred C. Brannon, seriado em 12 capítulos. O herói é Judd Holdren, que precisa impedir a destruição da Terra pelos marcianos. Eles querem explodir uma bomba e deslocar a Terra de sua órbita, afastando-a do Sol, para que Marte possa ocupar sua posição. Tarefa simples que, é claro, eles não conseguem levar a cabo. Mas o robô estava lá, fazendo das suas.

 

 

 
A coisa horrenda de A Sombra Destemida (Universal).

Voltando a 1939, o seriado em 12 capítulos A Sombra Destemida (The Phantom Creeps), esse produzido pela Universal, foi dirigido por Ford Beebe e Saul A. Goodkind, e trazia um robô simplesmente horroroso.
Claro que tem um cientista louco, nada menos do que Bela Lugosi, na pele do dr. Alex Zorka, querendo dominar o planeta. É a última aparição de Lugosi em seriados. Ele tem uma série de aparelhos para ajudá-lo em sua pretensão megalômana, entre elas um cinto de invisibilidade e o robozão em questão.

Professor e robô combinando alguma coisa, em O Monstro e o Gorila (Columbia).

Em 1945, foi a vez de um seriado produzido pela Columbia, em 15 capítulos, O Monstro e o Gorila (The Monster and the Ape), dirigido por Howard Bretherton. O seriado foi mal recebido e tido como muito ruim. Um cientista, o professor Arnold (Ralph Morgan), desenvolve um robô utilizando o metal conhecido como “metalogen”, mas o ser mecânico é roubado por outro cientista, o professor Ernst (George Macready), com a ajuda de seu macaco – ou gorila – assassino, Thor.
O título em português está sob suspeita. Alguns sites na internet afirmam que o seriado foi exibido no Brasil em 1946, com esse título, mas não encontrei muitas referências a esse respeito.

 

 

 

E o que dizer de um robô que é uma televisão? Ele pode ser visto em Estranho Encontro (The Twonky, 1953), filme dirigido por Arch Oboler, mais conhecido por ter desenvolvido um sistema de 3-D que chamou de Space Vision.


Cartaz de Estranho Encontro, mostrando Hans Conried e a televisão-robô (United Artists).

A história foi adaptada de um conto de Lewis Padgett – na verdade, um pseudônimo utilizado pelos autores de ficção científica Henry Kuttner e sua esposa Catherine L. Moore – publicado na revista Astounding Science Fiction, em 1942.
Hans Conried interpreta um professor de filosofia que ganha uma televisão de sua esposa (Janet Warren). Ele odeia televisão e descobre que ela é um robô com capacidades quase (ou totalmente) mágicas, inclusive a de alterar a mente das pessoas e de se locomover.

Hans Conried, perdendo a paciência em Estranho Encontro.


O filme foi recebido de formas diferentes pela crítica e foi um fracasso de bilheteria. Escrevendo um comentário em 1983 para seu livro The Psychotronic Encyclopedia of Film, Michael Weldon vê a produção como uma comédia maravilhosa contra a televisão. De fato, Oboler vinha do rádio e tinha sérios problemas com a TV. Já Phil Hardy, em seu livro The Encyclopedia of Science Fiction Movies (1984), diz que o filme não tem muito humor. Em The Science Fiction Encyclopedia (1979), John Brosnan e Peter Nicholls informam que o aparelho de TV ganha vida após ser invadido por um ser do futuro, mas não encontrei essa informação em nenhum outro lugar. De qualquer forma, eles lembram que, na época em que o filme foi feito, a televisão era uma mídia odiada em Hollywood.
Eventualmente, o professor de filosofia perde a paciência e parte para a agressão contra o televisor.

 

O robô monstro invasor do espaço em Os Bárbaros Invadem a Terra (Toho).

E é claro que as produções japonesas não poderiam ficar fora da lista. Por exemplo, com o gigantesco pássaro-robô (sic) Mogella – em algumas versões, Moguera – utilizado pelos alienígenas invasores em Os Bárbaros Invadem a Terra (Chikyu Boeigun, 1957), dirigido pelo famoso Ishiro Honda (às vezes creditado como Inoshiro) para a Toho, uma das maiores produtoras do Japão em todos os tempos, e fonte quase inesgotável de invasores alienígenas e monstros de toda espécie.
Os invasores são os mysterians (do título em inglês), do planeta Mysteroid. O que eles querem com a Terra? Apenas procriar com as mulheres terrestres. Claro que os humanos, desejando eles mesmos acasalarem com as mulheres de nosso planeta, lutam feito loucos contra os invasores.
Diz-se que o nome original do robozão, Moguera, deriva de mogura, a palavra japonesa para "toupeira". Então, não dá para entender porque alguns dizem que é um pássaro-robô.

 

E chegamos aos mexicanos, com seus monstros, robôs e lutadores mascarados que fizeram um sucesso imenso em seu país, e até mesmo nos EUA, mas que pouco foram vistos aqui no Brasil.
Os filmes em si estão entre os piores de todos os tempos, podendo concorrer em pé de igualdade com porcarias como Plano Nove do Espaço Sideral e Robot Monster.
Uma dessas monstruosidades atende pelo título La Momia Azteca Vs El Robot Humano (1957), ou apenas El Robot Humano, ou seu título em inglês, The Robot Vs The Aztec Mummy. E, acreditem, é o terceiro numa série iniciada com La Momia Azteca (1957) e La Maldición de la Momia Azteca (1957), todos dirigidos, com o perdão da palavra, por Rafael Portillo. O malévolo Dr. Krupp (Luis Aceves Castañeda) é o sujeito que pretende roubar um tesouro da tumba da múmia em questão, conhecida como Popoca. Para ajudá-lo em sua missão, ele constrói um robô, mistura de peças metálicas e humanas.

A cabeçorra humana colocada na marra no corpo de lata velha, em La Momia Azteca Vs El Robot Humano (Cinematografica Calderon S.A.)


O robô tem um cérebro humano. Mas não é só o cérebro, isolado, dentro de uma caixa de ferro. É só ver a foto e perceber que é a cabeça inteira de um coitado que foi entuchada no corpo do robô.
No elenco ainda tem Jesus “Murcielago” Velazquez, um dos mais conhecidos lutadores de luta-livre de sua época, conhecido como “o morcego mascarado”. Faz parte da tradição de filmes com lutadores como Santo e Blue Demon, muitos deles na linha da ficção científica e terror.

Outro desses lutadores que fez carreira no cinema foi Wolf Ruvinskis, em particular uma série de filmes com o personagem Neutron, três deles produzidos em 1960 e apresentados apenas em 1962, todos com direção de Federico Curiel. Iniciou com Neutron el Enmascarado Negro, seguido por Neutron Contra el Dr. Caronte e Los Automatas de la Muerte. Julio Aleman interpreta o dr. Caronte, que pretende dominar o mundo, como todo vilão que se preze. E ele tem uns robôs simplesmente ridículos – claro, se não fossem não estariam na matéria – com rostos disformes circundados por pelos, como macacos que foram queimados. Tremendo.

Cartazes de Neutrón; ao centro, os ridículos robôs utilizados nos três filmes (Estudios America). 

 

 


Os já citados lutadores Santo e Blue Demon estão juntos no filme Santo y Blue Demon Contra los Monstruos (1968), dirigido por Gilberto Martinez Solares. Além de uma variedade de monstros que os dois têm de enfrentar – incluindo um vampiro, duas vampiras, um lobisomem, uma múmia, um ciclope e o monstro de Frankenstein – o vilão, Dr. Halder (Carlos Ancira) constrói um robô que é uma cópia de Blue Demon, o Demonio Azul. El Santo é quem liberta o Blue Demon original e, juntos, descem o cacete nas monstruosidades.

                                                (Cinematografica Calderon S.A.)


Outra série de filmes na extensa lista de produções com lutadores é a das “luchadoras”. A grande ideia era juntar tudo o que havia nos filmes com os lutadores mais mulheres em roupas colantes. Na quinta produção, Las Luchadoras Contra el Robot Asesino (1969), elas enfrentam outro ser medonho, um robô que nada mais parece do que um homem com uma máscara feia. É de lascar. O vilão aqui é um dr. Orlac, que rapta cientistas e mulheres de todo o mundo para ajudá-lo a construir um exército de robôs feios.

 

 

Enquanto isso, no Japão...

Já citei o filme Os Bárbaros Invadem a Terra, mas tem muito mais. Nem sei como começar a falar sobre os robôs no Japão. Existem fãs incondicionais das produções japonesas que podem discursar horas sobre as séries para TV e os filmes em que aparecem robôs como Mechani Kong ou Mechagodzilla, entre outros, e quase todos são ridículos, ainda que muitas vezes o conceito seja pior do que a criação.

A Fuga de King Kong (Toho).

Mechani-Kong, por exemplo. Ele surgiu no filme A Fuga de King Kong (King Kong No Gyakushu, 1967; ou King Kong Escapes; ou The Revenge of King Kong; ou King Kong Counterattack), produção da Toho dirigida por Ishiro Honda, com os efeitos de Eiji Tsuburaya, colaborador frequente desse tipo de produções. O King Kong mecânico foi criado pelo dr. Who – não aquele do famoso seriado inglês, é claro – com o objetivo de escavar no polo norte à procura do raríssimo e radioativo Elemento X. Um governo financia o projeto e o dr. Who reporta-se a uma, acreditem, madame Piranha, interpretada por Mie Hama, a linda atriz japonesa que esteve no filme Com 007 Só Se Vive Duas Vezes (You Only Live Twice, 1967). O King Kong mecânico já tinha surgido em 1966, no desenho animado The King Kong Show, produção nipo-americana.

                                                                                         O cartaz em inglês de Gojira Tai Mekagojira (Toho).

Segundo se diz, esse Mechani-Kong foi a inspiração para a criação de Mechagodzilla, que apareceu pela primeira vez em Gojira Tai Mekagojira (1974. Nos títulos em inglês: Godzilla Vs the Bionic Monster; Godzilla Vs the Cosmic Monster). É o 14º filme de Godzila, e o seu rival robótico foi criado por alienígenas invasores.
No livro Japanese Cinema Encyclopedia – Horror, Fantasy, Science Fiction (Thomas Weisser e Yuko Mihara Weisser, 1997), os autores citam o faroeste clássico Três Homens em Conflito (Il Buono, il Brutto, il Cattivo, 1966), de Sergio Leone, como tendo inspirado a cena de luta entre os três monstros do filme, Godzilla, Mechagodzilla e Kingu Shisa, ou King Caesar, como foi chamado em inglês. Na verdade, o nome é Shisa mesmo, um ser que surge em histórias folclóricas de Okinawa. Seja como for, o confronto repete o do filme de Sergio Leone, com Clint Eastwood, Eli Wallach e Lee Van Cleef, com a trilha sonora imitando a de Ennio Morricone.

Mechagodzilla voltaria a aparecer em Mekagojira No Gyakushu (1975. Títulos em inglês: Terror of Mechagodzilla; The Escape of Megagodzilla; Monsters From the Unknown Planet; The Terror of Godzilla), com direção de Ishiro Honda. E ainda em Gojira tai Mekagojira (1993. Godzilla Vs Mechagodzilla II); em Godzilla Against Mechagodzilla (2002); e em Godzilla: Tokyo S.O.S. (2003). Nos dois últimos, o robô recebeu o nome de Kiryu. Ainda surgiu na série de TV Godzilla Island (1997-98).

Mekagojira No Gyakushu, ou Terror of Mechagodzilla (Toho).

O substituto de Mechagodzilla foi Moguera, robô construído pelo JSDF (Japan Self-Defense Forces) para combater o Godzila do espaço em Gojira Tai Supeisugojira (1994. Em inglês: Godzilla Vs Space Godzilla), o 21º filme de Godzila. E o monstro do espaço desenvolveu-se a partir de células do Godzila levadas ao espaço por Biollante e Mothra e modificadas pela radiação de um buraco negro. Moguera não é páreo para o monstro do espaço.

Godzilla vs. Space Godzilla (Toho).

Em Godzila Versus Megalon (Gojira Tai Megalon, 1973), surgiu o robô Jet Jaguar (de onde eles tiram esses nomes?), capaz de aumentar de tamanho e ajudar Godzila. Eles ficam amiguinhos. Esse já é um daqueles filmes em que Godzilla está ridículo, humanizado, com pouco ou nada a ver com o filme original.

Muito prazer! Jet Jaguar e Godzila, em Godzila Vs. Megalon (Toho).

O Megalon do título é um monstro que a civilização submarina de Seatopia envia para combater Godzila e Jet Jaguar. E, para falar a verdade, os moradores do fundo do mar até que têm seus motivos, uma vez que vinham sofrendo com os testes nucleares dos terrestres.

O pau come, mas daquele jeito que apenas pessoas vestidas com trajes de monstros podem lutar.
E por aí vai.