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ALGUNS FILMES E SÉRIES

ESPECIAIS/VE MUNDOS PERDIDOS

autorGilberto Schoereder
publicado porGilberto Schoereder
data22/05/2023
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Veja alguns filmes e séries que tratam dos temas abordados nas matérias anteriores, apresentados em ordem cronológica.

(Twentieth Century Fox).


L'ATLANTIDE (1921)

Direção de Jacques Feyder.

Jean Angelo e Stacia Napierkowska, como a rainha Antinea (International et Commercial de la Cinématographie/ Société Générale pour le Développement/ Thalman et Cie).


Primeira adaptação para o cinema da história de Pierre Benoit, L’Atlantide (1919), ainda na época do cinema mudo. Algumas fontes dizem que tem 125 minutos de duração, e outras 163 e 172 minutos. Também se diz que foi uma produção extremamente cara, cerca de dois milhões de francos, e fez muito sucesso.


O MUNDO PERDIDO (The Lost World, 1925)

Direção de Harry Hoyt.

(First National Pictures).

O trabalho do especialista em efeitos especiais, Willis O'Brien, é a grande atração do filme, baseado na história mundialmente conhecida de Sir Arthur Conan Doyle, e que exemplifica e resume perfeitamente o tema “mundos perdidos”. No caso, é a selva amazônica, para onde se dirige uma expedição e onde é descoberto um planalto no qual sobrevivem os mais variados tipos de animais pré-históricos. Os exploradores capturam um brontossauro e levam-no a Londres, onde ele consegue escapar e causar uma série de destruições. Os efeitos são excelentes para a época e, ainda que o filme tenha perdido muito do impacto, serviu como inspiração e exemplo para muito do que foi produzido posteriormente (No Brasil, lançado em VHS/Continental e em DVD/Showtime)


ATLÂNTIDA (Die Herrin von Atlantis, 1932)

Direção de Georg Wilhelm Pabst.

Brigitte Helm, como Antinea (Nero Film AG/ Societé Internationale Cinématographique).

A segunda adaptação da obra de Pierre Benoit, também com os títulos L’Atlantide, Lost Atlantis e The Mistress of Atlantis. O filme foi rodado simultaneamente em três versões, em francês, inglês e alemão, com pequenas alterações no elenco, mas sempre com Brigitte Helm como a rainha Antinea, governando o mundo perdido de Atlântida, e com o hábito terrível de matar e mumificar seus amantes.

 


 

KING KONG (King Kong, 1933)

Direção de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack.


O FILHO DE KING KONG (Sono of Kong, 1933)

Direção de Ernest B. Schoedsack.

Robert Armstrong e Helen Mack (RKO Radio Pictures).

Aproveitando o sucesso imenso de King Kong, os produtores soltaram rapidinho essa sequência, mais uma vez com os efeitos de Willis O'Brien e com Robert Armstrong como Carl Denham, retornando à Ilha da Caveira e encontrando outro gorila que, adivinhem, é o filho de King Kong. Os roteiristas acrescentaram elementos de humor e o resultado não foi dos melhores; o filme recebeu muitas críticas desfavoráveis, ainda que não tenha ido tão mal nas bilheterias.

 


A CIDADE INFERNAL (The Lost City, 1935)

Direção de Harry Revier.


O IMPÉRIO FANTASMA (The Phantom Empire, 1935)

Direção de Otto Brower e B. Reeves Eason.


IMPÉRIO SUBMARINO (Undersea Kingdom, 1936)

Direção deB. Reeves Eason e Joseph Kane.


HORIZONTE PERDIDO (Lost Horizon, 1937).

Direção de Frank Capra.


AS MINAS DO REI SALOMÃO (King Solomon’s Mines, 1937)

Direção de Robert Stevenson e Geoffrey Barkas.

Paul Robeson, Cedric Hardwicke, Roland Young, Anna Lee e John Loder (Gaumont British Picture Corporation).

A primeira versão para o cinema da história clássica de H. Rider Haggard, publicada em 1885, trazendo o personagem Allan Quatermain, explorador e caçador na África, ajudando um homem na busca do tesouro perdido do rei Salomão, penetrando nos segredos e mistérios de uma região inexplorada. O diretor Stevenson iria para os EUA em 1940, e se transformaria no principal diretor dos filmes de Walt Disney.

 

 


A ILHA DESCONHECIDA (Unknown Island, 1948)

Direção de Jack Bernhard.

Dick Wessel, Barton MacLane, Phillip Reed, Virginia Grey e Richard Denning (Albert Jay Cohen Productions).

Filme nitidamente inspirado em O Mundo Perdido, de Conan Doyle e, segundo alguns críticos, em King Kong também. Algumas pessoas vão parar na ilha desconhecida do título, onde encontram uma série de animais pré-históricos e enfrentam os perigos habituais. Os animais são homens em roupas de borracha e não convencem.

 

 


ATLÂNTIDA, O CONTINENTE PERDIDO (Siren of Atlantis, 1949)

Direção de Gregg G. Tallas, John Brahm e Arthur Ripley.

Maria Montez e Jean-Pierre Aumont (Seymour Nebenzal Productions).

Também com os títulos Atlantis e Queen of Atlantis. É mais um filme baseado na obra de Pierre Benoit. Dois legionários (Dennis O’Keefe e Jean-Pierre Aumont) descobrem acidentalmente a passagem secreta que leva ao mundo perdido da Atlântida, governado pela rainha Antinea (Maria Montez). As críticas geralmente consideram o filme bem inferior à versão de 1932, de Pabst. O crítico Phil Hardy disse ser uma surpresa o filme ser tão inferior ao anterior, uma vez que teve o mesmo produtor, Seymour Nebenzal; segundo ele, uma das razões foi o número de diretores envolvidos, com Ripley iniciando os trabalhos, sendo substituído por Brahm e, finalmente, com o editor Tallas sendo chamado para refilmar algumas sequências, acrescentando cenas do filme de Pabst.


AS MINAS DO REI SALOMÃO (King Solomon’s Mines, 1950)

Direção de Compton Bennett e Andrew Marton.

Richard Carlson, Deborah Kerr e Stewart Granger (Metro-Goldwyn-Mayer).

Segunda filmagem da história clássica de H. Rider Haggard, publicada em 1885. Stewart Granger é Allan Quatermain, o homem branco que conhece todos os caminhos da África e que aceita a incumbência de levar Deborah Kerr até um ponto inexplorado do continente, à procura de seu marido desaparecido enquanto procurava as lendárias minas do Rei Salomão. O grupo enfrenta uma série de problemas, mas consegue chegar a uma civilização da qual ainda não se tinha conhecimento. Apesar das minas em si serem muito pouco exploradas no filme, ele é considerado a melhor versão da história e ganhou um Oscar pela fotografia.


TWO LOST WORLDS (1951)

Direção de Norman Dawn.

(Sterling Productions Inc.).

Os dois mundos perdidos do título são duas ilhas onde vão parar alguns náufragos. Elas estão repletas de animais pré-históricos e selvas muito densas. Um vulcão em erupção causa mais problemas e o fim do filme. Foram utilizadas cenas do filme Um Milhão de Anos Antes de Cristo (1940), e o filme é considerado muito fraco.

 



UM MUNDO DESCONHECIDO (Unknown World, 1951)

Direção de Terrell O. Morse.

(Lippert Pictures).

Um cientista inventa um aparelho de escavação chamado cyclotron, e organiza uma expedição em direção às profundezas da Terra, certo de que a humanidade não poderá sobreviver na superfície em caso de uma guerra nuclear. Encontram um mundo subterrâneo imenso, com uma luz artificial no teto alto da caverna, mas descobrem ser impossível viver ali, pois a atmosfera causa esterilidade.

 



O CONTINENTE PERDIDO (Lost Continent, 1951)

Direção de Sam Newfield.

(Sigmund Neufeld Productions).

Um foguete atômico que possui um aparelho secreto a bordo perde-se em algum lugar do Pacífico, e um grupo de cientistas liderado por Cesar Romero vai à sua procura. Só que o seu avião também se acidenta e eles caem em uma ilha perdida, onde animais e flora pré-histórica ainda existem. Todo o local possui jazidas de urânio, presumindo-se que a radiação não apenas faz com que os aviões caiam, mas também preserva o mundo pré-histórico.
O filme é em preto e branco, mas as sequências passadas na selva são carregadas de cor verde. Segundo algumas informações, o verde é natural do filme; segundo outras, a cor era obtida através de um filtro colocado à frente dos projetores, nas próprias salas de exibição. Seja como for, o filme é muito ruim.


UNTAMED WOMEN (1952)

Direção de W. Merle Connell.

(Jewell Enterprises Inc.).

Um filme considerado simplesmente horroroso. Um piloto de guerra (Mikel Conrad) é resgatado em um bote salva-vidas e, depois que lhe aplicam um “soro da verdade”, ele conta a história incrível. Seu avião caiu e ele e outros três homens foram parar em uma ilha desconhecida, onde se encontra a sacerdotisa Sandra (Doris Merrick) e seu grupo de mulheres descendentes dos druidas. Presentes no local, vários animais pré-históricos, retirados do filme Um Milhão de Anos Antes de Cristo (1940). Eles são presos, escapam, tornam-se amigos, mas um vulcão estraga a festa e apenas Conrad sobrevive para contar a história. Assim, ele pode mentir à vontade.
A chamada do cartaz original é típica da época: “Belezas selvagens que não temem qualquer animal, mas caem diante do toque dos homens”.


O TEMPLO DO PAVOR (The Mole People, 1956)

Direção de Virgil W. Vogel.

(Universal International Pictures).

John Agar e Hugh Beaumont dirigem uma expedição à região da antiga Suméria, descem por uma caverna e encontram a raça subterrânea dos sumérios, albinos servidos por escravos semelhantes a toupeiras, que vivem em regiões ainda mais profundas. Os da superfície são capturados pelos albinos, que praticam rituais com sacrifícios, Agar encontra uma mais bonitinha para se apaixonar e eles acabam sendo salvos pela providencial revolta das toupeiras. Bem fraquinho.


VIAGEM AO CENTRO DA TERRA (Journey To The Center of The Earth, 1959)

Direção de Henry Levin.

Pat Boone, Peter Ronson, James Mason e Arlene Dahl (Twentieth Century Fox/ Joseph M. Schenck Enterprises).

Adaptação da história de Júlio Verne, o filme dividiu as opiniões dos críticos. James Mason é o professor Lindenbrook, que resolve fazer uma expedição ao centro da Terra, a partir da cratera de um vulcão. Com ele vão Alec McEwan (Pat Boone), Hans Belke (Peter Ronson) e Carla Göteborg (Arlene Dahl), e são seguidos pelo conde Saknussemm (Thayer David).
Na jornada, encontram uma série de obstáculos e maravilhas, incluindo seres pré-históricos, cogumelos gigantes e uma tempestade magnética, além de um imenso mar interior e as ruínas da Atlântida.
Apesar de alguns momentos bem amenos, também tem aspectos positivos, em particular os cenários com as belezas do mundo interior e a interpretação da James Mason.
O crítico Phil Hardy disse que o filme foi preparado para ser um veículo para a nova estrela adolescente da Fox, Pat Boone, que canta quatro músicas, totalmente desnecessárias para o enredo. Segundo Hardy, o filme traz pouco da verdadeira sensação de deslumbramento que o livro de Verne tem.


O MUNDO PERDIDO (The Lost World, 1960)

Direção de Irwin Allen.

(Irwin Allen Productions/ Saratoga Productions).

Mais uma versão da história clássica de Arthur Conan Doyle, com direção de Irwin Allen, responsável por várias séries famosas de fc como Viagem ao Fundo do Mar, Perdidos no Espaço, Túnel do Tempo e Terra de Gigantes; e, nos anos 1970, conhecido como um dos “mestres” do chamado “cinema catástrofe”, com filmes como Inferno na Torre (1974).
Claude Rains interpreta o professor Challenger, liderando uma expedição ao Amazonas, onde encontram um local repleto de criaturas pré-históricas. No elenco, Michael Rennie (que foi o alienígena Klaatu no clássico O Dia em que a Terra Parou, de 1951) e David Hedison, o capitão Lee Crane de Viagem ao Fundo do Mar.
Irwin Allen utilizaria cenas do filme em seus seriados, incluindo uma cena de luta de Hedison com uma aranha gigante.


ATLÂNTIDA, O CONTINENTE ESQUECIDO (Atlantis, The Lost Continent, 1961)

Direção de George Pal.

(George Pal Productions/ Galaxy Productions/ MGM).

Para alguns críticos, esse é o pior filme de George Pal, o diretor de A Máquina do Tempo (1960), e produtor de clássicos como Destino à Lua (1950), Colisão de Planetas (1951) e A Guerra dos Mundos (1953).
Dessa vez ele se baseou em uma peça – ao que se sabe, jamais encenada – de Gerald Hargreaves, Atalanta, a Story of Atlantis (1949). A história é situada na época em que, supostamente, a Atlântida existia e possuía uma tecnologia avançada. Anthony Hall interpreta um grego que salva da morte a princesa da Atlântida (Joyce Taylor) e, juntos, embarcam em um submarino semelhante a um peixe, e vão para o continente esquecido.
A Atlântida é mantida sob o jugo de um ditador (John Dall), que mantém parte da população escravizada e outra atormentada, ameaçando a tudo e a todos com sua arma de raios que funciona a partir de um imenso cristal.
Evidentemente, os heróis e heroínas conseguem salvar-se antes que o continente inteiro afunde nas águas.


HÉRCULES NA CONQUISTA DA ATLÂNTIDA (Ercole alla Conquista di Atlantide, 1961)

Direção de Vittorio Cottafavi.

(Comptoir Français du Film Production/ SpA Cinematografica).

Também com os títulos Hercules and the Captive Women e Hercules and the Haunted Women. É o primeiro filme de Reg Park como Hércules, um tipo de produção bem comum na Itália na época. Ele vai à Atlântida enfrentar a malvada rainha Antinea (Fay Spain), que tem o poder de controlar os homens. Além de resgatar seu filho, o herói enfrenta um exército de homens exatamente iguais, um dragão e ainda consegue afundar a ilha inteira.
No Brasil foi lançado em DVD (Classicline), e também com o título Hércules e a Conquista da Atlântida.


ANTINEA, L'AMANTE DELLA CITTÀ SEPOLTA (1961)

Direção de Edgar G. Ulmer e Frank Borzage.

(Compagnia Cinematografica Mondiale/ Fidès/ Transmonde Film).

Mais uma versão da história de Pierre Benoit. Um helicóptero cai no deserto e a tripulação encontra a entrada para o reino perdido da Atlântida, que fica próxima a um local de testes nucleares. O mundo é governado pela rainha Antinea (Haya Harareet), e os homens enfrentam alguns problemas, apaixonam-se por beldades locais e conseguem escapar com a ajuda de uma escrava.


O MONSTRO DA CIDADE SUBMARINA (City Under the Sea, 1965)

Direção de Jacques Tourneur.


MULHERES PRÉ-HISTÓRICAS (Prehistoric Women, 1967)

Direção de Michael Carreras.

Martine Beswick (Hammer).

Também com o título Slave Girls. Produção inglesa da Hammer, com Michael Latimer como um caçador que, sabe-se lá como, é transportado no tempo e surge em uma civilização dominada por mulheres. As mulheres de cabelo preto dominam as de cabelo louro, suas escravas, e são governadas por Kari (Martine Beswick), que se interessa pelo caçador.
A Hammer utilizou as indumentárias que sobraram do filme Mil Séculos Antes de Cristo (1966), com Raquel Welch, mas nada disso ajudou o filme, muito fraco. É mais um desfile de mulheres em trajes sumários, e pouco além disso. É uma besteira tão grande que dá para divertir; ou para se irritar muito, conforme o seu humor no dia.


O CONTINENTE ESQUECIDO (The Lost Continent, 1968)

Direção de Michael Carreras.

(Hammer).

Mais um mundo perdido da Hammer, com história baseada no livro Uncharted Seas (1938), de Dennis Wheatley (comentado na matéria Mais Descobertas).
Um navio que cruza o Mar dos Sargaços encontra uma ilha fora do tempo, onde a Inquisição ainda existe, além de criaturas pré-históricas que ameaçam a tripulação. Longe do que a Hammer fez de melhor na ficção e terror.

 


HORIZONTE PERDIDO (Lost Horizon, 1973)

Direção de Charles Jarrott.

(Columbia Pictures).

Uma adaptação musical do clássico de James Hilton. Apesar do elenco com vários astros, como Peter Finch, Liv Ullmann, Charles Boyer, Olivia Hussey, Michael York e John Gielgud, e da música de Burt Bacharah, o filme foi um fracasso de bilheteria e de crítica. Não segue em absolutamente nada o clima e a intenção do livro, ou da versão clássica para o cinema, de 1937.
No Brasil, lançado em DVD.

 


A ILHA NO TOPO DO MUNDO (The Island at the Top of the World, 1974)

Direção de Robert Stevenson.

(Walt Disney Productions).

Produção da Walt Disney Productions, que não repete os grandes momentos de anos anteriores. Stevenson, um dos principais diretores dos filmes de fantasia da Disney, também não consegue reeditar seus melhores momentos.
A história é baseada no livro The Lost Ones (1961), de Ian Cameron (comentado na matéria Mais Descobertas). Um homem organiza uma expedição ao Ártico para encontrar seu filho, que se perdeu em condições estranhas. Compra um imenso dirigível e, com um arqueólogo, dirige-se ao local, encontrando a ilha do título, uma ilha vulcânica em pleno Ártico, com vegetação luxuriante e uma civilização descendente de vikings, que tem se mantido isolada do mundo até então. Enfrentam problemas com um sacerdote que quer matar a todos, entendendo que se eles saírem de lá, outros virão até seu paraíso. Mas, é claro, eles conseguem safar-se. Algumas boas filmagens e efeitos, mas no geral um filme inferior ao que a Disney fez de melhor.


A TERRA QUE O MUNDO ESQUECEU (The Land That Time Forgot, 1974)

Direção de Kevin Connor.

(Amicus).

Produção inglesa da Amicus baseada em história de Edgar Rice Burroughs, com roteiro de James Cawthorn e do escritor de fc e fantasia Michael Moorcock. Faz parte de uma série de produções inglesas baseadas em histórias de Burroughs e com Doug McClure como o astro principal (outras são No Coração da Terra, Criaturas que o Tempo Esqueceu e Os Titãs Voltam à Luta na Atlântida, esta última não baseada em Burroughs).
Aqui, um navio é torpedeado durante a Primeira Guerra Mundial e os sobreviventes vão parar no continente desconhecido chamado Caprona, onde encontram animais pré-históricos e vulcões.
No Brasil, lançado em DVD.


CRIATURAS QUE O TEMPO ESQUECEU (The People That Time Forgot, 1977)

Direção de Kevin Connor.

Doug McClure e Dana Gillespie (Amicus).

Outra das produções da Amicus baseada em Edgar Rice Burroughs. Ben McBride organiza uma expedição à Antártida para procurar seu amigo (Doug McClure), que desapareceu há muitos anos. Encontram um mundo repleto de seres pré-históricos e guerreiros primitivos, e também uma jovem (Dana Gillespie) que fala inglês, tendo sido ensinada por McClure, que está sendo mantido prisioneiro dos guerreiros.


O ÚLTIMO DINOSSAURO (The Last Dinosaur, 1977)

Direção de Alex Grasshoff e Tsugunobu Kotani.

(Rankin-Bass Productions/ Tsuburaya Productions).

O filme teve problemas na distribuição nos EUA e acabou sendo exibido apenas na TV, ainda que em outros países tenha chegado aos cinemas. É uma produção conjunta dos EUA e Japão, com Richard Boone interpretando um homem riquíssimo cuja companhia está perfurando em busca de petróleo nas calotas polares quando descobre um vale aquecido por um vulcão e onde vivem animais pré-históricos.


OS TITÃS VOLTAM À LUTA NA ATLÂNTIDA (Warlords of Atlantis, 1978)

Direção de Kevin Connor.

(EMI).

Também com os títulos Guerreiros da Atlântida e Seven Cities of Atlantis. Mais uma produção inglesa, dessa vez da EMI, com a direção de Connor e com Doug McClure envolvendo-se na descoberta de um mundo perdido. Aqui, ele se junta a Peter Gilmore e mergulham no oceano em um sino de mergulho, querendo encontrar provas da existência da Atlântida.
Não só encontram provas, mas são capturados pelos atlantes, que dizem ser descendentes de marcianos e possuem poderes mentais que utilizaram para influenciar a história da humanidade, e pretendem criar uma utopia no planeta. Mas as intenções deles não são boas. Eventualmente, eles conseguem escapar dos atlantes e de seu poder mental.
No Brasil, foi lançado em VHS (VTI).


OS CAÇADORES DE ATLÂNTIDA (I Predatori di Atlantide, 1983)

Direção de Ruggero Deodato.

(Regency Productions).

Também com os títulos The Raiders of Atlantis e Atlantis Interceptors. Produção italiana rodada nas Filipinas. Em 1994, um submarino nuclear soviético é trazido à tona depois de vários anos submerso. Ao mesmo tempo, surge também do fundo do mar uma imensa ilha coberta por um domo, que é o que restou da civilização da Atlântida. Os sobreviventes vêm dispostos a retomar seu lugar na superfície, e os guerreiros parecem punks. São derrotados pelos heróis. Chato e sem qualquer imaginação. Ou com imaginação demais. No Brasil, lançado em VHS (Videocast).


AS MINAS DO REI SALOMÃO (King Solomon’s Mines, 1985)

Direção de J. Lee Thompson.

(The Cannon Group/ Golan-Globus Productions/ Cinema '84/ Limelight).

A produtora Cannon conseguiu arruinar a história de H. Rider Haggard, um clássico da fantasia, introduzindo cenas de humor absolutamente dispensáveis, além de “atualizar” a versão com a presença da bela Sharon Stone, aqui antes da fama e das caretas de mulher fatal. Allan Quatermain (Richard Chamberlain) ajuda Stone a encontrar o pai, perdido na África, e também o tesouro do rei Salomão, que estaria em algum lugar escondido do continente. Muito inferior à versão de 1950, que por sua vez já era muito inferior ao livro. No Brasil, lançado em DVD.
 


ALLAN QUATERMAIN E A CIDADE DO OURO PERDIDO (Allan Quatermain and The Lost City of Gold, 1986)

Direção de Gary Nelson.

(Golan-Globus Productions).

Mais uma vez Chamberlain e Sharon Stone em uma aventura de Allan Quatermain, retornando à África depois que Allan recebe informações de um homem de que seu irmão, perdido há muito, está vivo, e que eles encontraram a lendária Cidade Perdida de Ouro. Se o primeiro filme já era ruim, esse consegue ser ainda pior e, para complicar, a tradução brasileira trocou a “cidade perdida de ouro” por “cidade do ouro perdido”. No Brasil, lançado em DVD.

 


UMA ESTRANHA EM LOS ANGELES (Alien From L.A., 1988)

Direção de Albert Pyun.

(Golan-Globus Productions).

Uma jovem (Kathy Ireland) procura seu pai, um arqueólogo desaparecido, e vai para a África, onde entra por uma escavação e surge na civilização subterrânea da Atlântida, não muito diferente da civilização humana normal, porém com visual punk. Os atlantes são descendentes de alienígenas, apesar de falarem inglês.
Um filme horroroso, como a maioria dos filmes do diretor Pyun. E o tradicional problema das traduções no Brasil: a estranha não está "em" Los Angeles, mas “vem de” Los Angeles. No Brasil, lançado em VHS (America).


JORNADA AO CENTRO DA TERRA (Journey to the Center of the Earth, 1988)

Direção de Rusty Lemorande e Albert Pyun.

(Golan-Globus Productions).

Mais um filme tenebroso com a assinatura de Pyun, muito, mas muito vagamente inspirado pelo clássico de Júlio Verne. Apresenta um grupo de jovens que, sem querer, descobrem a entrada para o reino subterrâneo da Atlântida. Os atlantes pensam que se trata de uma invasão da superfície e se preparam para contra-atacar. Em VHS no Brasil (Tec Home Video), ainda foi lançado com o título Jornada ao Centro da Terra: O Filme, talvez para não confundir com a verdadeira jornada ao centro do planeta. Uma lástima.


 


VIAGEM AO CENTRO DA TERRA (Journey to the Center of the Earth, 1993)

Direção de William Dear.

(Columbia Pictures Television/ High Productions).

Também com o título Jornada ao Centro da Terra. Mais uma versão da história clássica de Júlio Verne, em produção feita para a TV, com adaptação para os tempos modernos. Infelizmente, nada funciona, e o filme é horrível, apesar do visual ter sido projetado por Syd Mead, mais conhecido por seu trabalho no visual de Blade Runner, Aliens e Tron.
Um grupo de pessoas viaja ao centro da Terra utilizando uma nave especial de propriedade de um ricaço; ele tem segundas intenções, é claro. Encontram um mundo interior povoado por seres variados, incluindo uma espécie de yeti, ou abominável homem das neves, amigável, e que serve como guia. O visual se segura, mas os diálogos são insignificantes. No Brasil, lançado em VHS (LK-Tel).


CONGO (Congo, 1995)

Direção de Frank Marshall.

(Paramount Pictures/ The Kennedy/Marshall Company).

Baseado no livro com o mesmo título, de Michael Crichton (comentado na matéria Mais Descobertas). O diretor Marshall, que já visitou um “mundo perdido” em Aracnofobia, dessa vez procura a cidade perdida de Zinj. O especialista em primatas Peter Elliot (Dylan Walsh) e uma supervisora da empresa TraviCom, Karen Ross (Laura Linney), são parceiros na busca. Elliot é o guardião de Amy, uma gorila inteligente, capaz de se comunicar, que ele pretende devolver à selva, enquanto Karen é enviada para recuperar diamantes raros, necessários para novas tecnologias de comunicação. Encontram as ruínas da cidade, mas ela é guardada por gorilas cinzentos e inteligentes, treinados para matar qualquer um que tente entrar.
Tem como pontos altos os efeitos especiais da I,L&M e as maquiagens de Stan Winston. No Brasil, lançado em VHS (CIC).


EM BUSCA DO MUNDO PERDIDO (The Lost World, 1998)

Direção de Bob Keen.
Também com o título O Mundo Perdido. Mais uma adaptação da história clássica de Arthur Conan Doyle. Grupo de cientistas e aventureiros liderados pelo professor Challenger se dirige a um platô perdido onde a vida pré-histórica se manteve intacta. Por alguma razão desconhecida, a localização original da história de Doyle, a América do Sul, foi transferida para a Mongólia, e alguns discursos politicamente corretos foram inseridos. O mundo perdido é repleto de dinossauros de todos os tipos, inclusive um tiranossauro que, se não faz sombra ao de Parque dos Dinossauros, consegue deglutir um cientista com evidente prazer. Filme fraco, lançado em VHS no Brasil (FlashStar).


JORNADA AO CENTRO DA TERRA (Journey to the Center of the Earth, 1999)

Direção de George Miller.

(Hallmark Entertainment).

Mais uma adaptação de obra de Júlio Verne em uma minissérie em dois episódios, com algumas modificações na história. Professor de geologia e paleontologia (Treat Williams) recebe de uma mulher (Tushka Bergen) a missão de procurar o marido (Bryan Brown) que desapareceu em algum lugar da Nova Zelândia. O professor leva seu sobrinho (Jeremy London) e a esposa à procura do marido. Descem às profundezas da Terra pela cratera de um vulcão, tendo a companhia de um explorador local, e descobrem a existência de um mundo subterrâneo, com animais pré-históricos, um mar interior e uma civilização humana que está em confronto com uma civilização reptiliana que evoluiu a ponto de tornar-se inteligente. O marido é encontrado, mas morre quando estão retornando e, é claro, o professor e a esposa, agora viúva, apaixonam-se, para não falar do jovem sobrinho que encontra seu amor na civilização primitiva do local e, após seu retorno ao mundo civilizado, resolve voltar. Bons efeitos especiais, paisagens muito bonitas e bons momentos de ação, mas bastante distante do original de Verne. Esse George Miller não é o mesmo de Mad Max, mas o escocês George Trumbull Miller, que também dirigia na Austrália. No Brasil, lançado em VHS (Alpha).


O MUNDO PERDIDO (The Lost World, 1999-2002)

(Coote Hayes Productions/ The Over the Hill Gang).

Série com produção da Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidos, que durou três temporadas e foi cortada antes de concluir a história. Mais uma vez traz o Professor Challenger (Peter McCauley) reunindo um grupo de exploradores e partindo em um balão para a floresta amazônica e caindo no platô onde animais pré-históricos sobrevivem.


 


STARGATE: ATLANTIS (Stargate Atlantis, 2004-2009)

Criação de Robert C. Cooper e Brad Wright.

(Acme Shark/ MGM Television/ Pegasus Productions/ Sony Pictures Television).

Série que faz parte da franquia Stargate, apresentando a Atlântida como uma cidade capaz de se locomover pelo espaço, e à qual os humanos têm acesso por um dos inúmeros portais existentes no universo.
A cidade já foi abandonada pelos antigos habitantes, uma raça muito desenvolvida tecnologicamente, e no momento encontra-se na galáxia Pegasus. Os terrestres e também habitantes de outros mundos tentam conhecer os segredos da cidade e mantê-la a salvo dos wraiths, a terrível raça alienígena vampírica que ameaça todo tipo de vida.
A série recebeu críticas variadas, mas estabeleceu-se como uma das preferidas do público no universo Stargate.

 



JORNADA AO CENTRO DA TERRA: O FILME (Journey to the Center of the Earth, 2008)

Direção de Eric Brevig.

Brendan Fraser, Josh Hutcherson e Aníta Briem (New Line Cinema/ Walden Media).

Mais um que utiliza “O Filme”, como se fosse possível confundir o filme com a verdadeira jornada ao centro da Terra. Dessa vez a adaptação da história de Júlio Verne traz Brendan Fraser como o astro principal, resolvendo realizar a viagem ao centro da Terra em busca de seu irmão, há muito desaparecido. Claro que os efeitos visuais são muito superiores aos do filme de 1959, mas o filme ainda é inferior àquele.
Também apresentado como Journey to the Center of the Earth 3-D.

 


JOURNEY TO THE CENTER OF THE EARTH (2008)

Direção de T.J. Scott.

(RHI Entertainment/ Reunion Pictures).

Não sei o que aconteceu em 2008, mas começaram a surgir adaptações da história de Júlio Verne, esse com produção americana e canadense para a televisão. Situa-se nos anos 1870, com uma mulher (Victoria Pratt) contratando um antropólogo e aventureiro (Ricky Schroder) para encontrar seu marido (Peter Fonda), que desapareceu em uma expedição ao centro da Terra.

 


JOURNEY TO THE CENTER OF THE EARTH (2008)

Direção de David Jones e Scott Wheeler.

(Anthill Productions/ The Asylum).

Produzido diretamente para vídeo e, segundo se diz, apenas para aproveitar o impacto do filme com maior orçamento, com Brendan Fraser. Aqui, uma operação de perfuração sendo realizada na América do Sul acaba perfurando até encontrar um mundo inteiro abaixo da superfície.
O filme é considerado horrendo.

 


VIAGEM 2: A ILHA MISTERIOSA (Journey 2: The Mysterious Island, 2012)

Direção de Brad Peyton.

(New Line Cinema/ Contrafilm/ Walden Media).

Depois de sua aventura no centro da Terra, Sean (Josh Hutcherson) envolve-se em nova jornada em companhia de seu padrasto (Dwayne Johnson) e chegam a uma ilha misteriosa com animais estranhos, e ainda encontram a cidade de Atlântida, que surge do mar a cada 70 anos, desaparecendo após alguns dias. Também precisam encontrar o submarino Nautilus, do Capitão Nemo, para sair da ilha e escapar de uma erupção vulcânica.


ATLÂNTIDA (Atlantis, 2013-2015)

Criação de Howard Overman, Johnny Capps e Julian Murphy.

(Urban Myth Films/ BBC Cymru Wales).

Série britânica da BBC One, durou duas temporadas. Foi baseada na mitologia grega, apresentando Jason (ou Jasão, em português) como um piloto de submarino dos dias atuais. Ele vai investigar uma anomalia submarina no local onde seu pai desapareceu quando ele era criança, e seu submarino é puxado para o reino da Atlântida, onde vive uma série de aventuras envolvendo vários dos personagens da mitologia grega.


AQUAMAN (Aquaman, 2018)

Direção de James Wan.

Jason Momoa (Warner Bros./ DC Entertainment/ The Safran Company).

Filme baseado no personagem da DC Comics, com Jason Momoa no papel principal. A história inicia em 1985, quando o responsável por um farol no Maine, Tom Curry (Temuera Morrison), resgata Atlanna (Nicole Kidman), a rainha do reino submarino da Atlântida. Eles se apaixonam e têm um filho, Arthur (Momoa), que tem o poder de se comunicar com as criaturas do oceano e, quando adulto, enfrenta dificuldades com os habitantes do reino submarino, culminando em uma guerra generalizada e a subida de Arthur ao trono do reino.
O filme teve uma produção bem cuidada e gerou uma bilheteria imensa, mas nem sempre boas críticas, com o aspecto negativo em geral sendo os diálogos fracos. Para os que gostam de super-heróis, parece não ter feito muita diferença.