Livros

Estação de Trânsito (Way Station) – 1963, Clifford D. Simak. Argonauta 130 A, 221 páginas.

Vencedor do prêmio Hugo de 1964. Muitos críticos chegam a apontar este como o melhor livro de CDS, contando a história da longa vida de Enoch, um homem que sobrevive à guerra civil norte-americana e é procurado por alienígenas que pedem que sua casa passe a funcionar como uma estação de trânsito intergaláctico, oferecendo-lhe em troca a longevidade. Anos mais tarde, o serviço secreto começa a investigá-lo, percebendo que não se trata de uma pessoa comum, numa trama que ainda envolve o roubo de uma espécie de talismã, na verdade um aparelho que concentra em si a força espiritual do universo, e capaz de deter o avanço de uma nova guerra que poderá destruir o planeta. Um livro narrado de forma bastante diferente da média dos livros de CDS, num tom menos de aventura, com uma lentidão que dá o tom exato ao tipo de vida calma, longa e solitária de Enoch. A presença do talismã exemplifica a noção que CDS costuma apresentar em vários de seus trabalhos, entendendo que a melhor forma de se alcançar um desenvolvimento pleno é pela união de dois tipos de visão do universo: a visão chamada mágica e a visão chamada científica. Um momento excelente de CDS e da FC.

 

Capa de Infante do Carmo.