Coletânea com 16 contos, no livro de estreia de JH, e que mostra toda sua capacidade como autor de terror, fantasia e ficção científica. O livro ganhou o Bram Stoker Award como melhor coleção de ficção, e o British Fantasy Award como melhor coleção e como melhor conto por "O Melhor do Novo Horror". Apesar de ser norte-americano, o livro só foi publicado nos EUA em 2007, ainda que as histórias tenham aparecido em diversas revistas antes disso, o que rendeu a JH várias premiações. E não por acaso. Trata-se de histórias criativas e muito bem escritas, sempre procurando novas abordagens e pontos de vista para apresentar o terror; ou então, trazendo elementos fantásticos para o dia a dia, repensando temas já utilizados na literatura e no cinema de ficção científica e terror, elaborando-os de forma a mostrar caminhos diferentes para situações já imaginadas. E, quando elabora novas situações, é igualmente refrescante, às vezes indicando influências literárias que, suponho, vão de Ray Bradbury a Clark Ashton Smith e Lovecraft; o conto "A Máscara de Meu Pai" é um exemplo de um mundo próximo ao desses autores, talvez só encontrado em T.E.D. Klein. Mas sobretudo trata-se de um novo autor de imensa qualidade, ainda maior do que a que pudemos verificar no seu primeiro romance, A Estrada da Noite (2007), publicado no Brasil antes dessa coletânea. Filho de Stephen e Tabitha King, JH iniciou sua carreira preferindo utilizar apenas parte de seu nome (Joseph Hillstrom King), para prosseguir na carreira de escritor graças aos seus méritos, sem ser visto como "o filho de Stephen King". E conseguiu.