Refilmagem da série Galáctica, produzida originalmente por Glen A. Larson em 1978. O melhor mesmo seria dizer que se trata de uma reformulação completa da primeira série. Ao ser anunciada a refilmagem, era possível imaginar (como foi o meu caso, impensado) que se tratava de um projeto inútil. No entanto, Battlestar Galactica ressurgiu como uma das melhores e mais intensas séries de FC em todos os tempos, não apenas devido aos efeitos especiais mais aprimorados, é claro, mas especialmente pela forma como a história original foi reescrita e repensada, tornando o tema mais complexo e adulto, ampliando o contexto da guerra entre cylons e humanos, e fazendo com que tanto uns quanto outros também repensassem seu lugar na sociedade, sua culpa nos eventos terríveis que quase aniquilaram com ambas as raças, seus erros e acertos, e a possibilidade de viverem juntos e em paz. Traz os eventos básicos, ou seja, os cylons aniquilam as colônias humanas, deixando apenas uns poucos milhares de sobreviventes, que fogem pelo universo, liderados pela nave de batalha Galáctica, em busca de uma solução para seu problema. Querem encontrar um lugar para recomeçar, buscam a colônia perdida, sempre perseguidos pelos cylons que, na nova versão, possuem modelos que são iguais aos humanos em tudo, inclusive nas emoções. A série lida muito mais com o aspecto religioso da questão do que fez no original, uma vez que os humanos são politeístas, e os cylons são monoteístas, e essa diferença é importante no confronto entre eles. Uma beleza, com excelentes atuações, histórias bem elaboradas, tramas complexas e um final que consegue não apenas ser diferente do primeiro seriado, mas superá-lo.